sábado, 21 de agosto de 2010

Árvore Genealógica

Minha árvore genealógica será uma árvore de recordações da infância, adolescência, maturidade. Quero voltar no tempo e mostrar algo que lembre cada membro da minha família . Ainda farei algumas alterações , pois estou aguardando algumas imagens ficarem prontas . Foi um trabalho legal , surpreendente em alguns momentos .

Meus avôs : Ângelo e José

Não conheci meus avôs, só ouvi um pouco sobre eles, o Ângelo meu avô materno e o José paterno .

Minhas avós : Modesta e Ermelina

Ermelina


Ermelina era minha avó paterna negra-india, nunca fui à sua casa, ela vez ou outra ia na nossa . A lembrança mais forte que tenho dela é de ajudá-la a fazer tapetes , eu cortava os retalhos e ela “cozia” em sua máquina de costura à mão, nesta máquina fiz muitas roupas de boneca ...

Modesta



Modesta a minha avó materna italiana, ganhei seu nome junto ao meu , uma honra , aliás levo comigo o nome de minha avó e de minha mãe . Ela na minha infância tinha cheirinho de café moído na hora, aquele coque que prendia seus cabelos brancos, que nunca vi soltos, o vestido simples com flores miúdas .... eu sempre seguia por uma estrada cercada de cafezais para chegar à sua casa nas tardes de domingo .

A Grande Família

Antenor e Maria

Aqui cabe uma observação digna de nota. Meu pai casou-se com minha mãe após ficar viúvo de sua primeira esposa, com ela ele teve meus primeiros cinco irmãos : o José, o Dalton , o Eugênio, o Hemar e a Eni .
Com minha mãe gerou meus outros dez irmãos : o Ângelo, o César , o Jair , a Francisca, a Teresa, a Lourdes , a Ana Nere , a Rosa ,o João Benedito e o Luiz .
Sou a caçula desta família .

Papai


Para Antenor meu pai é difícil escolher uma imagem que o represente, mas cresci vendo e ouvindo falar de sua igreja, ele contava com orgulho que havia construído a igreja católica da cidade e me lembro das turmas de catequese debaixo da castanheira onde ele nos falava de um Deus que nos amava .Hoje com 97 anos é um lutador .

Mamãe


Maria minha mãe é pura saudade, tenho tantas lembranças boas da mulher forte que me ensinou muitas coisas, eu estava grávida de 06 meses quando ela faleceu e isto já faz 15 anos. Esta foto mostra uma toalha que fizemos juntas, enquanto ela fazia o macramê da franja eu fazia o bordado em muitas tardes de nossas vidas, o seu livro de receitas... e uma das flores do seu quintal ... ela tinha a face de rosas mas hoje não tenho rosas no meu quintal ...

José


José “foguinho” era como chamávamos meu irmão José, não convivemos em casa, quando nasci já era casado e eu já tinha vários sobrinhos . José me lembra festa, talvez por ter muitos filhos e gostarem de festa, eu era a tia que se divertia com sobrinhos da mesma idade ou mais velhos . Faleceu à alguns anos .

Dalton


Dalton, o “Caboco”, também não estava mais em casa e já tinha filhos, aliás eu e sua filha Rosana nascemos no mesmo ano. Uma imagem forte do meu irmão Caboco era a sua casa sempre bem arrumada e sua esposa muito falante a Jalda . Eles tinham uma geladeira vermelha que eu achava muito diferente.

Eugênio


Eugênio, eu praticamente não conheci , as lembranças que tenho são de comentários de sua doença . Ele faleceu quando eu era muito pequena e também teve uma filha apenas 01 ano mais nova que eu, a Dorley . Lembro-me de estar no seu velório mas não consigo formar uma imagem, prá mim o Eugênio era o pai da Dorley muito tímida, quieta, que brincava comigo quando ia lá em casa .

Hemar


De Hemar eu ouvia os comentários sobre seus problemas mentais, mas hoje o acho apenas diferente . Minha lembrança de infância mais forte do “Marinho“ é do dia que chegou da Bahia com a família, cheios de coisas , ele , sua mulher Teresa e a filha dela , a Aninha na varanda da nossa casa. Não tínhamos uma relação de irmãos mas sua mulher Teresa nos livrava a todas de nossos piolhos, posso sentir suas unhas em minha cabeça sentada no chão de sua casa, onde nós meninas da família nos reuníamos para brincar .

Eni







Eni , minha irmã .
Tenho ótimas recordações de infância com ela , também tem uma filha 01 ano mais nova que eu, a Nara e as tardes de domingo em sua casa eram muito boas. Outro dia fui à sua casa e comentei como aquela varanda era grande quando éramos crianças, hoje tão pequena . Ela tinha sempre um bolo ou doce para receber muitas pessoas em sua casa, a varanda cheia de gaiolas de passarinhos do meu tio, ( a Eni era casada com um irmão da minha mãe , e seus filhos são meus sobrinhos e também primos ), hoje vazia . Esta imagem é do seu livro de bordados que ficou comigo , com ele fiz muitos trabalhos ...

Ângelo




Ângelo com o mesmo nome do vovô é o Angelim ranheta. Todos os meus irmãos foram mecânicos na oficina de papai e guardo até hoje esta foto de binóculo onde ele com seu macacão sujo de graxa parou para tirar uma foto comigo e com Cláudia, minha sobrinha , filha de César . Quando eu era criança havia um moço que passava nas casa tirando retratos da família em monóculos. Postarei a foto assim que receber a restauração do monóculo .

Jair




Jair era um brincalhão, bebia e fumava demais, falava muita besteira mas era muito carinhoso, faleceu a alguns anos de câncer na garganta sem conhecer seu primeiro netinho .
Eu achava sua casa diferente, parecendo casa de boneca e na adolescência me acolhia quando precisava .

César


César também é divertido, me intrigava na infância sua esposa Rosa limpando a casa, lavando paredes e móveis com a mangueira de água . Como são estranhas as lembranças que temos do tempo de criança ! Nós morávamos em Timbuí e já adolescente estudava em Fundão, íamos de ônibus todos os dias eu e sua filha Cláudia; e num dia daqueles ele apareceu com uma moto para nos levar. Naquela época não se falava em capacete e lá fomos nós, eu espremida entre eles, tremendo de medo. Ele sempre gostou de motos e hoje é uma de suas diversões preferidas .

Francisca


Francisca, a Chiquinha para nós, quando eu nasci já era profissional na costura e no bordado e fez meu enxoval com muito carinho. Guardo até hoje estas peças que ela fez prá mim. Lembro-me de ficar sentada próxima à sua máquina de costura mexendo em suas linhas, as clientes entrando, saído, provando as roupas. Me lembro de seu namorado chegando numa Kombi, ele era bonito e conversava muito. É maravilhoso como coisas tão simples se tornam tão significativas quando o tempo passa .

Teresa


Da Teresa me lembro dos preparativos para o seu casamento. Durante o seu namoro eu ficava na sala com os namorados, era uma alegria quando o Joel chegava trazendo balas. Chorei muito no dia de seu casamento, ninguém me consolava porque eu temia nunca mais vê-la; era o primeiro casamento que eu presenciava em nossa casa, e ela me prometeu que em minhas férias iria à sua casa, e eu fui aquela casa que nunca mais esqueci .

Ana Nere


Ana Nere é a estudiosa e não tenho muitas lembranças de infância. Não sei que idade tinha, mas nunca esqueci da noite que acordei com o batismo de Cássio. Não sabia o que estava acontecendo mas só percebia o temor da cirurgia a que seria submetido no dia seguinte e que não poderia ir fazê-la sem ser batizado. A fé realmente é algo incrível e papai o batizou. Tantos anos depois e hoje ele é meu tutor .

Lourdes


Da Lourdes guardo uma lembrança do dia que fui à casa que iria morar após o casamento. Aquela moça que estava sempre bem arrumada mudaria radicalmente após o casamento, mas não perdeu a beleza, a doçura e a sabedoria .

Rosa


A Rosa é a irmã ciumenta. Ela é a irmã anterior a mim e todos contam que ela ficou enciumada com o meu nascimento, pois todos achavam que não nasceria mais ninguém pois o Luiz já tinha 06 anos, ela devia ter uns 10 anos e eu chorava muito ao ir em seu colo . Descobriram que ela me beliscava quando estava em seu colo devido ao ciúme . Outro dia conversávamos sobre isto e rimos muito . Era ela também que comprava shampoo e penteava meus cabelos quando já trabalhava fora, era um carinho marcante pois eu não gostava de lavar os cabelos, todo banho era uma batalha ; ela acabou por cortar meus cabelos bem curtos numa tarde , a meu pedido .

João Benedito , o Bino


João Benedito é Bino, o irreverente . Não tenho lembranças de infância pois somos mais próximos em idade mas na adolescência me lembro dos passeios de carro que ele me levava . Foi meu padrinho de casamento e cedeu sua casa para minha lua-de-mel . As dificuldades da vida nos afastaram e hoje quase não nos falamos .

Luiz , o inquieto


Luiz é o inquieto, o caçulo dos homens. Uma lembrança de criança foi uma travessura com uma bicicleta onde ele se chocou com uma cerca de arame farpado , não tenho registro de imagens, apenas comentários. Sempre inquieto, até hoje o relaciono à uma cerca de arame farpado .

Eu , Mereida


Eu, Mereida , fica difícil definir . Gosto muito de borboletas à muito tempo , mas me considero ainda uma lagarta . A transformação da borboleta me encanta , quero manter-me em constante mutação ... para melhor espero .

Ercílio , meu carioca



Ercílio é o meu marido carioca . Sou uma caipira de Timbuí que vai até o Rio de Janeiro buscar seu companheiro ... Já passamos por muitas coisas mas quero envelhecer com ele .
Esta é a primeira passagem que o trouxe aqui .

Breno , meu filho


Breno , meu único filho . Adora velocidade e esta foi sua primeira bicicleta . Espero que ele nunca se esqueça dos passeios que fazíamos com ela .

Obrigado Senhor !


Em minha família sempre houve uma presença constante de alguém muito significante .
Algumas vezes muito presente em outras meio deixado de lado, mas sempre sabemos e sabíamos que estava lá conosco ... e tenho certeza que cada um de nós o ama . De formas diferentes mas o ama, mesmo que alguns não tenham convicção disto ainda .
Agradeço aos meus pais por tê-lo apresentado a mim e aos meus irmãos ...
Obrigado Senhor pela minha família ....
Obrigado Família ... por tudo !

“ Em todo tempo dei graças ...”